Banca de DEFESA: Juliana Pereira Cardoso

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Juliana Pereira Cardoso
DATA : 17/07/2025
HORA: 09:30
LOCAL: LANEC
TÍTULO:

AVALIAÇÃO ELETROFISIOLÓGICA DE INDOALQUILAMINAS SOBRE AS ATIVIDADES EPILEPTIFORMES NÃO SINÁPTICAS EM HIPOCAMPO DE RATO


PALAVRAS-CHAVES:

Rhinellha schneideri; eletrofisiologia; bioprospecção; indoalquilaminas; serotonina.


PÁGINAS: 1
RESUMO:

As atividades epileptiformes não sinápticas (AENS) deflagradas no giro dentado (GD)
de hipocampo de ratos possuem características similares aos registros de crises
epilépticas encontrados em humanos com quadros de esclerose hipocampal.
Considerando a importância das AENS para compreensão da origem e sustentação
de crises epilépticas, utilizar a bioprospecção na busca por moléculas
antiepileptogênicas com potencial inibição dessas atividades se mostra uma
estratégia promissora. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo avaliar os
efeitos de indoalquilaminas isoladas do veneno do sapo Rhinella schneideri e da
serotonina sobre AENS, utilizando fatias hipocampais de ratos Wistar. As AENS foram
induzidas utilizando o modelo de zero concentração extracelular de cálcio e alta
concentração de potássio (8 mM). Posteriormente, foram adicionadas as
indoalquilaminas provenientes da preparação em Sep-Pack C-18 (S-20) e da
purificação em HPLC (Bufotenina e Dehidrobufotenina), além de diferentes
concentrações de serotonina (12,5 M, 25 M, 100 M, 200 M e 400 M). Programas
desenvolvidos em plataforma MATLAB possibilitaram o registro do potencial elétrico
extracelular no giro dentado e os parâmetros duração dos eventos, intervalo entre
eventos, amplitude máxima dos population spikes e componente DC foram quantificados. Entre os compostos avaliados, a fração S-20 mostrou-se especialmente eficaz na inibição de eventos ictais, resultando em um bloqueio parcial das AENS. Por outro lado, os compostos isolados da fração, bufotenina e dehidrobufotenina, apesar de serem seus principais constituintes, não apresentaram efeito estatisticamente significativo, limitando-se a um leve aumento do período interictal. A serotonina, assim como S-20, mostrou-se eficaz em prolongar significativamente o período interictal e reduzir a frequência dos eventos ictais, sendo observada inclusive a completa
supressão das AENS em alguns registros com 400 uM, Esses achados sugerem que
o efeito mais robusto da fração S-20 pode ser atribuído a interações sinérgicas entre
diversas indoalquilaminas já relatadas, enquanto a serotonina, além de seu papel
amplamente conhecido em mecanismos sinápticos, mostrou potencial
iv antiepileptogênico significativo em mecanismos não sinápticos. Este efeito parece
estar relacionado à modulação de canais iônicos, como os canais HCN e GIRK, os
quais influenciam diretamente a excitabilidade neuronal. Embora a relação entre
serotonina e epilepsia tenha sido investigada há décadas, este trabalho é pioneiro ao
explorar sua atuação em eventos induzidos na ausência de sinapse químicas. Assim,
indoalquilaminas como as aqui avaliadas podem representar ferramentas promissoras
para ampliar a compreensão sobre as crises epilépticas e contribuir para o
desenvolvimento de novos alvos e abordagens terapêuticas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6434894 - ANTONIO CARLOS GUIMARAES DE ALMEIDA
Interno - 2487650 - ANTONIO MARCIO RODRIGUES
Externa à Instituição - CARLA ALESSANDRA SCORZA BAHI - UNIFESP
Interno - 075.270.776-03 - LUIZ EDUARDO CANTON SANTOS - IPTAN
Externo à Instituição - SERGIO GOMES DA SILVA - FCV
Notícia cadastrada em: 10/07/2025 15:16
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