AVALIAÇÃO DA INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA DE UMA BIORREFINARIA VISANDO À PRODUÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO UITLIZANDO ANÁLISE PINCH
biocombustível; resíduos lignocelulósicos; simulação energética; análise Pinch; processo biotecnológico.
O presente trabalho foi realizado, a partir de um estudo da integração energética, utilizando a metodologia de análise Pinch em um biorrefinaria, visando à produção de etanol de segunda geração, tendo como matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar, resíduo gerado pela produção de açúcar e álcool. Para comprovar a eficiência da análise Pinch, foi comparado o cenário, utilizando análise Pinch com outros dois diferentes cenários, um cenário no qual a integração energética é na presença de um ciclo com quatro unidades de trocadores de calor e o outro cenário sem nenhum tipo de integração energética. O objetivo deste estudo é avaliar a viabilidade da produção de etanol de segunda geração, por meio da integração energética, utilizando a metodologia de análise Pinch. Primeiro foi elaborado um fluxograma de uma biorrefinaria produtora de E2G, sem integração energética e o cálculo do balanço de massa. Em seguida, as correntes foram selecionadas, de acordo com sua necessidade de aquecimento e resfriamento. As correntes quentes, de saída do filtro prensa, rica em xilose e a de saída do concentrador, contendo concentrado de glicose precisaram ser resfriadas e as correntes frias, contendo solução ácida utilizada para a hidrólise ácida e a de saída da primeira centrifuga, presente no processo, precisaram ser aquecidas. Com as correntes selecionadas, os trocadores de calor para o cenário de integração energética por clico foram posicionados e o balanço de energia e a área de transferência de calor foram calculados. Para a aplicação da análise Pinch, utilizaram-se as mesmas correntes do cenário anterior. Foi possível a elaboração dos gráficos da curva composta e da grande curva composta, como também as utilidades quentes (vapor) e frias (água) requeridas, juntamente com a nova configuração dos trocadores de calor necessários ao processo. Logo, foi possível analisar e comparar as duas metodologias de integração energética. A redução no consumo de utilidade quente foi de 24,46% e de utilidade fria 44,74%, quando utilizada a metodologia por ciclo de trocadores de calor e de 62,20% de utilidades quentes e 92,80% com utilidades frias, quando utilizada a análise Pinch. Logo os resultados obtidos confirmam a viabilidade da integração energética e enfatiza que o uso da análise Pinch é, nesse caso, o melhor método, pois o processo com a implementação da análise Pinch reduziu não só os números de trocadores de calor pela metade, quando comparado ao processo com a presença do ciclo de trocadores de calor, como também os custos com utilidades, e a redução dos impactos ambientais causados pelas grandes industrias deste ramo.