FREQUÊNCIA DE DESCONFORTOS FÍSICOS POSTURAIS EM MÚSICOS TECLADISTAS EM SÃO LUÍS (MA)
Desconfortos físicos posturais, tecladistas, postura, performance,
biomecânica.
Tocar um instrumento musical requer uma alta demanda física e, se realizada com desequilíbrio, pode levar a um afastamento do profissional das suas atividades. Sendo assim, pesquisadores reconhecem que esta demanda pode afetar a performance do músico instrumentista. Diante deste contexto, os objetivos deste trabalho foram (1) investigar a prevalência de desconfortos físicos posturais e (2) mapear os tipos de desconfortos físico-posturais e as regiões corporais posturais mais afetadas. O grupo de estudo foi formado por tecladistas residentes na cidade de São Luís, Maranhão, Brasil. A partir da conceituação de postura, foram discutidos os aspectos fundamentais da biomecânica da postura corporal nas posições em pé e sentada; foi realizado um estudo sobre os desequilíbrios posturais mais frequentes, buscando suas causas e consequências. Após isto, foi feita a transposição destes aspectos fundamentais da biomecânica da postura corporal para a performance do teclado. Os métodos adotados para o delineamento da pesquisa são classificados em pesquisa bibliográfica com levantamento de campo. A presente pesquisa adotou a abordagem quantitativa (coleta de dados numéricos), e possui o caráter exploratório. A técnica de coleta de dados utilizada foi a aplicação do questionário estruturado (perguntas fechadas) não participante. O questionário foi enviado de forma virtual (WhatsApp e e-mail). De acordo com o estudo foi possível concluir que os músicos tecladistas têm um alto índice de desconfortos físicos posturais; o tipo de desconforto predominante foi o cansaço/fadiga muscular; a região mais afetada foi a dos membros superiores; não realizam trabalhos posturais e provavelmente realizam sua atividade profissional sentindo desconfortos físicos posturais; a busca por ajuda acontece após o adoecimento e/ou interrupção das atividades laborais; a predominância pela forma de ensino foi o informal e a prática de exercícios físicos, a pausa e descansos não aturaram como forma protetiva para o surgimento dos desconfortos físicos posturais.