Banca de DEFESA: MARIA FERNANDA GUSMAO REGO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA FERNANDA GUSMAO REGO
DATA : 15/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 2.48 Prédio Principal (Sala de Peteca)
TÍTULO:

Saberes tradicionais, práticas de benzimento e educação popular em saúde


PALAVRAS-CHAVES:

Saberes tradicionais e populares; educação popular em saúde; psicologia social e comunitária; decolonialidade; práticas de benzimento


PÁGINAS: 85
RESUMO:

Os saberes tradicionais e populares foram historicamente, através dos processos de colonização e epistemicídio, desvalorizados, marginalizados e empurrados a categoria de saberes subalternos pelo pensamento científico ocidental. As práticas de cura e cuidado desenvolvidas ao longo de séculos pela população, apesar das tentativas coloniais de apagamento, resistiram e compõem parte da história, identidade, memória e cultura da população brasileira, sobretudo nos territórios do interior. As práticas de benzimento, foco principal dessa investigação, estão presentes em todo território brasileiro, em sua diversidade de formas e manifestações e integram o repertório das práticas populares de cuidado com a saúde. Essa pesquisa teve por objetivo conhecer os saberes ancestrais da medicina popular e práticas de benzimento enquanto práticas de educação popular em saúde, investigando os impactos do surgimento da medicina ocidentalizada nessas produções de conhecimento, e analisando os aspectos que contribuem para a transmissão/não transmissão desses saberes e o modo como eles se mantiveram até os dias atuais. O contato com as sujeitas de pesquisa se deu através do auxílio de informantes-chaves do território, que através da sua relação com o espaço, indicaram benzedeiras de referência na cidade de São João del Rei. Foram realizadas entrevistas livres com as benzedeiras, posteriormente analisadas tendo como eixos centrais de discussão a educação popular em saúde, a decolonialidade, o Bem-Viver e a fé/ancestralidade. O projeto político-acadêmico da decolonialidade, ancorado nas lutas populares e no pensamento afrodiaspórico, elucidou historicamente a colonialidade do ser/saber/poder, seus efeitos na construção/produção de conhecimento, e os modos como a modernidade e o projeto colonial estabelecem dicotomias entre vidas, saberes e trajetórias que merecem ou não validação e possibilidade de existência.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2361692 - ISABELA SARAIVA DE QUEIROZ
Externa ao Programa - 1890877 - Rosa Gouvea de Sousa
Externo ao Programa - 1147950 - RAFAEL SIQUEIRA DE GUIMARAES
Externa à Instituição - PAULA RITA BACELLAR GONZAGA - UFMG
Notícia cadastrada em: 18/08/2023 13:45
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