Banca de QUALIFICAÇÃO: JÚLIA MARIA GIROTTO AGOSTINI

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JÚLIA MARIA GIROTTO AGOSTINI
DATA : 26/04/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sessão remota (online)
TÍTULO:

HABILIDADES SOCIAIS EDUCATIVAS E SAÚDE MENTAL DOS PAIS: RELAÇÕES COM HABILIDADES SOCIAIS E PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO DE CRIANÇAS COM TEA.


PALAVRAS-CHAVES:

Habilidades sociais educativas, pais, saúde mental parental, crianças, habilidades sociais, problemas de comportamento.


PÁGINAS: 117
RESUMO:

Pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) experienciam desafios diferentes relacionados à especificidade dos déficits sociais e comportamentais apresentados precocemente por seus filhos (Boonen et al., 2015; Maljaars et al., 2014), às necessidades de tratamentos e intervenções (Mello et al., 2021), dentre outros. Nessa direção, estudos têm identificado diferenças nas dimensões comportamentais de pais de crianças com TEA (Ku et al., 2019), bem como uma pior saúde mental desses cuidadores, em relação aos pais de crianças sem TEA (Hayes & Watson, 2013). Além disso, observam-se grandes prejuízos nas habilidades sociais das crianças com TEA e índices consideráveis de problemas de comportamento (Estes et al., 2013, McRae et al., 2018; O’nions et al., 2020), comprometendo a qualidade das suas relações interpessoais, em especial com seus pais, bem como o desenvolvimento global dessas crianças (Freitas, 2011; Kim et al., 2016; Li et al., 2019; Mello et al., 2021; Piro-Gambetti et al., 2022). No contexto de pandemia de COVID-19, constatou-se, ainda, maior vulnerabilidade das famílias de crianças com TEA (Genova, 2021; Mutluer et al., 2020; Narsini, 2020; Siracusano et al., 2021; Wang et al., 2021), tendo em vista o fechamento dos serviços de saúde e interrupção de tratamentos para as crianças (Fortes et al., 2020; Mutluer et al., 2020; Siracusano et al., 2021). Com isso, foram observadas consequências negativas sobre a saúde mental parental (Wang et al. 2021; Yilmaz et al., 2021) e o comportamento infantil (Colizzi et al., 2020; Mutluer et al., 2020; Siracusano et al., 2021).

Comportamentos parentais positivos, como as Habilidades Sociais Educativas (HSE), são relacionados a melhores desfechos desenvolvimentais dos filhos, inclusive a um melhor do repertório de habilidades sociais no TEA (Agostini & Freitas, no prelo). As HSE são um repertório verbal e não-verbal utilizado pelos pais para favorecer a aprendizagem e o desenvolvimento de seus filhos (Del Prette & Del Prette, 2008). No entanto, apenas um estudo encontrado, de Agostini e Freitas (no prelo), caracterizou especificamente as HSE de pais de crianças com TEA e as relacionou apenas às habilidades sociais dos filhos no Brasil. Esse estudo, porém, não avaliou os problemas de comportamento infantil ou a saúde mental parental.

Estudos também indicam a associação entre a saúde mental parental e o comportamento infantil no TEA (Allik et al., 2006; Carter et al., 2009; Estes et al., 2013; Hartley et al., 2008; Hastings et al., 2005; Kim et al., 2016; Lecavalier et al. 2006; Mello et al., 2021; Olson et al., 2021; Rahman & Jermadi, 2021; Rodriguez et al., 2019, Shawler & Sullivan, 2015; Tomanik et al., 2004; Totsika et al., 2013; Zaidman-Zait et al., 2014), embora ainda não sejam conclusivos quanto à direção dessa relação. Esses estudos tampouco esclarecem se os comportamentos parentais podem ser mediadores da relação entre saúde mental parental e comportamento infantil no TEA ou moderados pelos indicadores de saúde mental parental.

Nesse sentido, o objetivo geral desta pesquisa é investigar a interrelações entre as habilidades sociais educativas dos pais de crianças com TEA, a saúde mental parental e as habilidades sociais e problemas de comportamento dos filhos. Para tanto, será realizado um estudo transversal (Estudo 1) com o objetivo de caracterizar as HSE, a saúde mental parental e as habilidades sociais e problemas de comportamento das crianças com TEA no contexto de pandemia de COVID-19, bem como avaliar mudanças na frequência e modalidade dos tratamentos de crianças com TEA.  Além disso, será realizado um estudo longitudinal (Estudo 2) com o objetivo de investigar as relações entre as HSE dos pais, a saúde mental parental e as habilidades sociais e problemas de comportamento das crianças com TEA e verificar o grau de predição das classes de HSE sobre o repertório infantil ao longo de cinco anos. Ademais, pretende-se formular um material educativo para pais de crianças com TEA (Estudo 3), contemplando os resultados do Estudo 2, indicando as contribuições dessa pesquisa para o aprimoramento da relação entre pais-filhos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1150656 - LUCAS CORDEIRO FREITAS
Interna - 3031506 - Mônia Aparecida da Silva
Externa à Instituição - PATRICIA LORENA QUITERIO - UERJ
Externa à Instituição - LUCIANA CARLA DOS SANTOS ELIAS - USP
Notícia cadastrada em: 04/04/2023 13:27
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