Banca de DEFESA: ALINE CAMPOLINA ANDRADE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALINE CAMPOLINA ANDRADE
DATA : 31/03/2023
HORA: 16:00
LOCAL: Remota
TÍTULO:

Psicologia em interface com a Educação e as presenças/ausências da diversidade sexual na escola


PALAVRAS-CHAVES:

psicologia, educação, diversidade sexual, políticas educacionais, habilidades socioemocionais.


PÁGINAS: 148
RESUMO:

No cenário de apagamentos de “gênero” e “orientação sexual” no texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), simultaneamente às exigências por um corpo produtivo, questionamos as implicações possíveis das presenças/ausências da “diversidade sexual” para a prática da(o) psicóloga(o) na escola, tendo em vista a recente Lei n. 13.935/2019, que dispõe sobre a presença de psicólogos e assistentes sociais na Educação Básica pública. Em revisão de literatura, foram discutidos os modos como o saber psi comparece nas produções acerca da Base para, então, abordar como esse saber se posiciona frente às “diversidades” na escola e, portanto, interpreta políticas educacionais. Assumimos o objetivo de identificar e analisar as possíveis implicações das presenças/ausências de gênero e orientação sexual, no cenário de atuação da BNCC, para a prática do psicólogo(a) na escola e, especificamente, descrever e analisar as presenças/ausências em documentos da escola; investigar a articulação desses discursos com a noção de habilidades socioemocionais; versar sobre possibilidades de atuação de psicólogas(os) quanto à temática da diversidade sexual. O referencial teórico se pauta na Psicologia Escolar e Educacional (PEE) de perspectiva crítica em diálogos pós-estruturalistas, sobretudo com Foucault e a Teoria Decolonial, atentas(os) às bases epistemológicas em aproximações e distanciamentos. Trata-se de pesquisa-intervenção, qualitativa e exploratória, inspirada na pesquisa interseccional ao constituir e compor a produção de categorias de diferenças e desigualdades. As produções e análises ocorreram a partir da Abordagem do Ciclo de Políticas, “epistemetodologia” que aborda a constituição da pesquisa pelos significados de política e seus contextos: de influência, produção de texto, prática, resultados/efeitos e estratégia política; e nas dimensões de atuação: contextos situados, profissionais, externos e materiais. Descrevemos-analisamos cenas-contextos-conceitos, (re)criando caos e significações mediante observações participantes, diários de campo, Encontro Reflexivo e análises documentais, com os sujeitos da educação, em uma escola pública caracterizada como periférica, de uma cidade mineira, histórica, universitária, questões que constituem escola, pesquisa, políticas e diversidades. Percorremos a não obviedade dos corpos em cenas de interpelação/xingamento do outro como “viado” e de questionamentos a um modo de vestir que denuncia performatividades; uma relação entre fome, desempenho, família e escola foi discutida a partir do conceito de a(quilo)mbamento, em cena na qual um corpo negro anunciado pela fome recusa a merenda; o posicionamento institucional de que o tema das sexualidades é “perigoso” e a demanda de abordar as famílias e sua (des)estruturação associa-se com as cenas de escuta/controle de “histórias de vida”, o que complexifica a definição da escola como um “laboratório” - de assepsia ou de invenções; a pressa dos imperativos por desempenho e as pausas produzidas nos encontros se misturam em uma mesma cena: fazer pipoca no dia das crianças; os(as) professores(as) também contam suas “histórias de vida” e demandam acolhimento, em cenas de indignação; nossos corpos de pesquisadoras(es) são situados na cena de um carro, seu adesivo político “conservador” e a música que o contradiz; (in)capacidades e (in)habilidades socioemocionais aparecem em cenas atravessadas por Regimento Escolar, Projeto Político Pedagógico, Currículo Referência e BNCC; cenas expressam “tempo para trocar ideias” e “tempo de (re)conhecimento” enquanto maneiras de produzir encontros e diferença. Afirmamos assim, as possibilidades de caos e existencialização das diferenças em meio aos imperativos de naturalização dos corpos, interpelando os lugares da Educação e da Psicologia e suas reconstruções na atuação de políticas educacionais, como um tempo de “(re)conhecimento”.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2325552 - CELSO FRANCISCO TONDIN
Interna - 2361692 - ISABELA SARAIVA DE QUEIROZ
Externo à Instituição - WASHINGTON CESAR SHOITI NOZU - UFGD
Externo à Instituição - FLAVIA CRISTINA SILVEIRA LEMOS - UFPA
Notícia cadastrada em: 28/03/2023 08:26
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