Banca de DEFESA: LUMA FABIANE MORAIS DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUMA FABIANE MORAIS DE SOUZA
DATA : 31/03/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO:

A FEMINILIDADE E O TORNAR-SE MÃE: UM EXERCÍCIO DE ESCUTA NA INSTITUIÇÃO


PALAVRAS-CHAVES:

Psicanálise; Maternidade; Instituição; Feminilidade; Gestante.


PÁGINAS: 95
RESUMO:

Este estudo propõe uma investigação acerca da importância de uma escuta subjetiva às gestantes em instituição de atenção à saúde da mulher, localizada em Minas Gerais, a partir da perspectiva psicanalítica. De início, exploramos os discursos que permeiam a história da instituição pesquisada e, para tanto, utilizamos a Psicanálise aplicada junto à pesquisa bibliográfica para a elaboração de novos saberes sob a ótica da hipótese do inconsciente. Após uma experiência institucional, identificou-se seu sofrimento com a perda de documentos, evidenciando uma lacuna em sua história. Frente a esse apagamento histórico, compreendemos que os preceitos da micro-história, propostos por Carlo Ginzburg, enodados com a Psicanálise aplicada, poderiam nortear esta investigação, fazendo emergir as memórias marginalizadas. Após discorrer sobre os não-ditos institucionais e as suas consequências acerca dos serviços oferecidos, aprofundamos nos estudos bibliográficos sobre a feminilidade e a maternidade em Freud e Lacan, de modo a construir evidências clínicas calcadas no lugar social reservado à mulher ao longo da história e as consequentes influências em sua constituição. Compreender que a mãe e a mulher são distintas em seus lugares e funções foi a base para as discussões desta pesquisa. Consideramos relevante investigar o mal-estar oriundo da alienação entre esses lugares em nossa cultura, e, para isso, propusemos uma escuta às gestantes que fazem uso dos serviços da instituição pesquisada. Assim, adentramos ao nosso objetivo de entrevistar essas mulheres a fim de compreender de que modo a instituição as ampara subjetivamente em seus dilemas com a maternidade. Enfocamos os significantes apresentados por cada gestante e, ao longo do capítulo no qual os analisamos, discorremos sobre suas articulações com a teoria psicanalítica, sem nos furtar de retornar à análise institucional. Concluímos que a instituição não oferece um espaço de escuta e que abarque todas as dimensões da maternidade, se restringindo ao acompanhamento obstétrico. Por fim, notamos grande sobrecarga psíquica em todas as entrevistadas, que nos deram claros indícios sobre a necessidade desse espaço dentro das instituições.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1802906 - FUAD KYRILLOS NETO
Interna - 2319043 - MARIA GLAUCIA PIRES CALZAVARA
Externo ao Programa - 1274624 - DOUGLAS NUNES ABREU
Externa à Instituição - CRISTINA MOREIRA MARCOS - PUC/MG
Notícia cadastrada em: 27/02/2023 10:26
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