A inserção do exercício físico na dinâmica do aquecimento vocal e seu efeito sob a ótica da análise acústica em coristas.
Aquecimento vocal, coral, Análise acústica, Coristas
Este estudo tem como objetivo avaliar a inserção do aquecimento físico na prática de aquecimento vocal, analisando seus efeitos sob a perspectiva acústica. Existem poucos estudos que relacionam o aquecimento corporal ao aquecimento vocal em coristas. Este estudo experimental e quantitativo examinou os resultados da aplicação de três tipos de aquecimento: vocal, corporal e combinado, e suas correlações com medidas objetivas obtidas por meio da análise acústica vocal. Participaram 22 coristas, de ambos os sexos. As gravações vocais foram realizadas antes e após o aquecimento, focando em parâmetros acústicos das vogais sustentadas ([a] e [e]), contagem de 1 a 11, frequência fundamental, variabilidade em semitons e na medida multiparamétrica AVQI, validada para o português, incluindo também medidas isoladas como Slope (dB), Tilt (dB), Jitter (%), Shimmer (%), HNR (dB), HF Noise (dB) e CPPS (dB). A investigação, envolvendo músicos dos corais da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e da Universidade Federal de Lavras (UFLA), foi conduzida em quatro etapas, incluindo questionários, coleta de medidas antropométricas e gravações vocais sob diferentes condições de aquecimento. Os resultados indicaram que a adição de exercício corporal isolado ou combinado não proporciona benefícios significativos em relação a modalidade do aquecimento em cantores. Os resultados deste estudo não corroboram com a hipótese de que o aquecimento corporal pode influenciar nas medidas acústicas para o aquecimento da voz. Embora as conclusões não revelem diferenças significativas na relação entre os métodos de aquecimento vocal utilizados, é importante considerar a singularidade biológica e a experiência prévia de canto dos participantes em futuros estudos.