O IMAGINÁRIO SOCIODISCURSIVO DO ENSINO DE FLAUTA TRANSVERSAL NOS CONSERVATÓRIOS ESTADUAIS DE MÚSICA DE MINAS GERAIS: UMA CONSTRUÇÃO A PARTIR DA VISÃO DOS PROFESSORES
Flauta Transversal, Conservatórios Mineiros, Imaginário Sociodiscursivo
O estado de Minas Gerais possui doze conservatórios em sua rede de ensino mantidos integralmente pela Secretaria de Estado de Educação e se destaca no cenário nacional no que tange a integração do ensino de música na rede pública de ensino recebendo aproximadamente 30 mil alunos, desses aproximadamente 11 mil atendidos diretamente pelos Conservatórios e os outros 19 mil através de convênios e projetos realizados em parceria com escolas regulares Os Conservatórios mineiros, desde que surgiram na década de 50, desempenham um importante papel na formação de músicos e difusão das artes, sobretudo da música. Estas instituições, que estão localizadas em quase todas as regiões do estado, oferecem cursos técnicos voltados para o ensino de diversos instrumentos e dentre eles a flauta transversal. Neste trabalho buscaremos analisar o Imaginário Sociodiscursivo construído pelos professores dos conservatórios mineiros acerca do ensino deste instrumento. Com este fim, nos fundamentamos na proposta semiolinguística de Patrick Charaudeau (2016) onde o Imaginário Sociodiscursivo é entendido como um engendramento de discursos que circulam nos grupos sociais, se organizando em sistemas de pensamento coerentes, criadores de valores, desempenhando o papel de justificação da ação social e se depositando na memória coletiva deste grupo. A partir da análise dos dados coletados buscaremos identificar a recorrência de padrões discursivos e o nível de adesão dos professores a discursos específicos identificando os saberes mobilizados em seus discursos, assim se torna possiviel identificar quais são os modos de ver e julgar e interpletar o ensino de flauta, por meio de processos discursivos de discriminação, descrição, classificação e atribuição de valores.