EXPORTAÇÕES E INSTITUÇÕES: O PAPEL DOS REQUERIMENTOS DE PADRONIZAÇÃO PÚBLICA E PRIVADA NO COMÉRCIO DE ANIMAIS VIVOS
Qualidade Institucional; GLOBALGAP; Padronização Internacional.
O processo de globalização dos mercados auxiliou para o contínuo aumento do produto interno bruto (PIB), de modo que o comércio internacional de produtos de origem animal tornou-se parte importante para a economia mundial. Diante de distâncias cada vez maiores, tornou-se necessário melhores cuidados com o manejo e trajeto desse produto, além da maior preocupação da população mundial com a segurança alimentar. Assim, fomentou-se o uso de requerimentos de padronização no comércio, sejam eles público e ou privados. Apesar do caráter positivo da adoção de padrão de comércio, os exportadores de animais vivos são, majoritariamente, países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, de maneira que os fluxos de comércio podem ser afetados por restrições impostas pelas diferenças institucionais com países mais desenvolvidos, maioria dos importadores. Nesse sentido, esta pesquisa buscou identificar os efeitos dos requerimentos de padronização pública e privada no comércio de animais vivos, dada as diferenças institucionais, nos anos de 2014 a 2019, diante das hipóteses de que as diferenças institucionais inibem o comércio e de que os requerimentos reduzem esse efeito negativo causado pelas estruturas institucionais. Para testas esses cenários foram estimadas, a partir do modelo gravitacional, equações pelo método MQO e PPML. Os resultados objetivos confirmaram o efeito negativo que as diferenças institucionais causam no comércio, mas que podem ser contornadas a partir da certificação GLOBALGAP.