Banca de DEFESA: ANDREZA LAIS DA SILVA
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDREZA LAIS DA SILVA
DATA : 28/02/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:
Influência individual e contextual na autoavaliação de saúde entre brasileiros mais velhos (≥50): Evidências do ELSI-Urbe
PALAVRAS-CHAVES:
Idoso. Determinantes Sociais da Saúde. Desigualdades sociais em saúde. Privação social.
PÁGINAS: 66
RESUMO:
Introdução: O envelhecimento populacional aumentou a necessidade de identificar
determinantes de saúde e desigualdades na população idosa. A autoavaliação de
saúde é um indicador confiável do estado geral de saúde, capaz de predizer tanto o
declínio funcional quanto a mortalidade. Objetivo: Avaliar a associação entre fatores
individuais e do contexto e a autoavaliação de saúde em brasileiros mais velhos.
Métodos: Estudo transversal realizado a partir dos dados do projeto ELSI-Urbe (A
influência do ambiente físico e social na saúde de adultos brasileiros mais velhos:
estudo de base populacional longitudinal multimétodos), que está integrado ao Estudo
Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil). Para este estudo,
utilizamos dados da linha de base (2015-2016) do ELSI-Brasil, conduzido em uma
amostra nacionalmente representativa de indivíduos com 50 anos ou mais. Este
estudo incluiu 6.768 participantes com 50 anos ou mais, residentes em áreas urbanas.
Autoavaliação de saúde foi medida usando a pergunta “Em geral, como o(a) Sr(a)
avalia a sua saúde?” e uma medida dicotômica (boa vs. ruim) foi utilizada. As variáveis
explicativas incluíram: raça/cor da pele autorreferida, estado civil, nível de
escolaridade, renda domiciliar per capita, comportamentos de saúde, número de
doenças crônicas e acesso a serviços de saúde no nível individual; e o Índice
Brasileiro de Privação (IBP) no nível contextual (setor censitário). Sexo, idade e tempo
de residência foram usados como variáveis de ajuste. Foram utilizados modelos de
regressão logística multinível (indivíduos e setores censitários) para análise dos
dados. Resultados: A prevalência de autoavaliação de saúde ruim foi de 53,5%
(IC95%: 50,5%-56,5%). No nível individual, a autoavaliação de saúde ruim foi
associada à raça/cor da pele autorreferida parda e preta, (OR: 1,45; IC95%: 1,28-1,63
e OR: 1,25; IC95%: 1,03-1,151, respetivamente), à menor escolaridade (OR: 1,95;
IC95%: 1,67-2,27 para 5 a 8 anos de estudo, e OR: 2,48; IC95%: 2,17-2,84 para 0 a
4 anos de estudo), à menor renda domiciliar per capita (OR: 1,70; IC95%: 1,48-1,95
para renda média, e OR: 2,24; IC95%: 1,94-2,57 para renda domiciliar per capita
baixa), à apresentar comportamentos de risco em saúde (OR: 1,25; IC95%: 1,12-
1,40), à presença de doenças crônicas (OR: 1,99; IC95%: 1,66-2,40 para uma doença,
e OR: 4,01; IC95%: 3,2-4,71 para duas ou mais doenças), e ter tido duas ou mais
consultas médicas no último ano (OR: 1,80; IC95%: 1,55-2,09). No nível contextual, a
autoavaliação de saúde ruim foi positivamente associada ao IBP (OR: 1,21; IC95%:
1,16-1,25). Conclusões: Os resultados mostraram associação entre fatores
individuais e contextuais e autoavaliação de saúde de brasileiros mais velhos,
destacando disparidades entre grupos e reforçando a importância de implementar
políticas públicas voltadas, especialmente, para melhorar a infraestrutura urbana,
acesso à educação, saúde e justiça social para reduzir as desigualdades observadas.
MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - NATALIA CALDEIRA LOSS VINCENS
Externo à Instituição - BRUNO DE SOUZA MOREIRA - FIOCRUZ
Presidente - 1821418 - CAMILA TEIXEIRA VAZ