Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
COMPORTAMENTO DE PREVENÇÃO À COVID-19 DE GRADUANDOS DE ENFERMAGEM PÓS-EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA
Comportamento. COVID-19. Estudantes de Enfermagem.
Introdução: O coronavírus, inicialmente nomeado de novo coronavírus (2019-nCoV), foi
descoberto em 2019,subsequente ao surgimento de casos de pneumonia de origem desconhecida
em Wuhan, na China. Posteriormente, foi denominado SARS-CoV-2, agente causal da
pandemia de COVID-19. Estudantes da área da saúde constituem um importante grupo social
sob a ótica da pandemia da COVID-19, pois embora estejam diretamente envolvidos com os
problemas de saúde, podem não ter comportamento adequado à prevenção da COVID-19. São
escassas investigações que analisem o comportamento de universitários relativos à prevenção
da COVID-19. Objetivo: O objetivo desse estudo consiste em avaliar o comportamento
preventivo de estudantes de enfermagem quanto à COVID-19 e os fatores associados. Métodos:
Estudo transversal, realizado em Divinópolis, MG, com amostra de 126 alunos graduandos de
enfermagem matriculados no ano de 2022, da Universidade Federal de São João del Rei.
Utilizou-se um formulário sociodemográfico e clínico, contendo questões sobre conhecimento,
comportamento, sintomas e situação vacinal quanto à COVID-19 para a coleta de dados. Foi
realizado teste molecular qRT-PCR e o teste sorológico para COVID-19 para identificar
infecção ativa ou passada, respectivamente. Foi realizada análise de regressão logística
multivariada para identificar os fatores associados ao comportamento preventivo quanto à
COVID-19. Resultados: De um total de 126 participantes, com média de idade de 22 anos,
87,7% eram do sexo feminino, 27% cursavam o terceiro período, 92,9% eram solteiros, 55,6%
se declararam brancos, 96% não relataram ocupação trabalhista, 65,9% dos chefes de família
possuíam ensino médio/superior incompleto e 28,6% dos participantes possuíam renda familiar
entre um a cinco salários mínimos. Em relação aos comportamentos frente à COVID-19, 51,6%
responderam não estarem preocupados em se infectar, 61,9% adotariam o isolamento e
distanciamento social, caso tenham uma nova obrigatoriedade, 41,3% utilizam máscara em
locais fechados com aglomeração, 76,2% usam máscara cirúrgica, 46,8% lavam as mãos mais
de cinco vezes ao dia, 54,8% declararam cumprir, eventualmente, as orientações de proteção de
disseminação do vírus. Quanto à infecção por COVID-19, 56,1% tinham história de infecção
pelo vírus, 48,4% não souberam ou quiseram responder há quanto tempo ocorreu a infecção. A
totalidade dos participantes testou reagente para presença de anticorpos contra COVID-19 e
nenhum deles apresentou infecção ativa de COVID-19 no momento do estudo, sendo a
maioria,82,5% sem relatos de sintomas no momento da coleta. Todos os participantes do estudo
relataram terem sido vacinados contra a COVID-19, sendo que 49,2% tomaram quatro doses da
vacina, com a última dose há seis meses ou mais em 42,9% dos participantes.Relataram estarem
cientes sobre os procedimentos em caso de apresentar COVID-19 96% do total da amostra,
sendo que a maior parte deles (55,6%) considerou ter baixo risco de contrair COVID-19 e
61,9% buscam informações sobre a COVID-19 com profissionais da saúde. A análise
multivariada apontou que os participantes que se autodeclararam de cor preta tiveram 0,26 vezes
menos chance de apresentarem comportamento preventivo inadequado quanto à COVID-19
quando comparados aos que relataram ter cor branca. Os estudantes que informaram usar
máscara sempre que há aglomeração tiveram 0,10 vezes menos a chance de terem
comportamento preventivo inadequado quanto à COVID-19. Os indivíduos que mencionaram
usar máscara sempre que há aglomeração de pessoas em local fechado tiveram 0,33 vezes
menos a chance de apresentarem comportamento preventivo inadequado quanto à COVID-19.
Conclusão: Estudantes que se autodeclararam de cor preta, que usaram máscara sempre que há
aglomeração e em local fechado apresentaram melhor comportamento preventivo quanto à
COVID-19.