MECANISMO ENVOLVIDOS NA SUPRESSÃO DAS ATIVIDADE EPILEPTIFORMES NA PRESENÇA DE CÁLCIO NO GIRO DENTADO.
cálcio; potássio; bário; GIRK
Em condições normais, o giro dentado funciona como um portão fechado, impedindo que as crises cheguem ao Corno de Ammon. Porém em situações patológicas, o giro pode perder esse papel protetor, reverberando as crises, num processo conhecido como ativação máxima dentada (AMD). Em experimentos eletrofisiológicos, a AMD é conseguida espontaneamente pelo uso de soluções com 0mM Ca2+ e altas concentrações de K+ mas, até o presente momento, atividades desse tipo não haviam sido relatado na presença de 2mM Ca2+. Sendo assim, o objetivo principal deste trabalho é descobrir os mecanismos envolvidos na supressão das atividades epileptiformes sinápticas (AES) na região do Giro Dentado em fatias intactas e resseccionadas de ratos Wistar. Para tal, foi feito a ressecção das regiões do CA e da lâmina IP concomitante com uso de bloqueadores de canais GIRK, de receptores GABAérgicos e alterações na concentração de potássio extracelular. Diminuição nas concentrações de potássio não foram capazes de desencadear atividades epileptiformes sinápticas, bem como o uso dos bloqueadores de receptores GABAA e GABAB também não. Ao promovermos o bloqueio dos canais GIRK com o uso de bário, as atividades epileptiformes sinápticas foram evocadas. Sendo assim, esse trabalho mostra que o giro dentado apresenta como principal mecanismo de inibição das atividades epileptiformes sinápticas os canais retificadores de influxo do potássio acoplados a proteína G.