Banca de DEFESA: GUSTAVO DE OLIVEIRA MOREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GUSTAVO DE OLIVEIRA MOREIRA
DATA : 24/10/2025
HORA: 08:30
LOCAL: Hibrido -Sala de vídeo conferência-PPGCA
TÍTULO:

Efeito alelopático do extrato foliar de Eugenia dysenterica DC. sobre culturas agronômicas.

PALAVRAS-CHAVES:

 Bioinsumos, Biodiversidade, Toxicidade.

PÁGINAS: 77
RESUMO:

Esta pesquisa explora o potencial alelopático da cagaiteira (Eugenia dysenterica), uma
espécie nativa do Cerrado, como uma alternativa sustentável aos herbicidas sintéticos. O
trabalho se divide em três partes principais: uma revisão bibliográfica sobre o tema e dois
estudos experimentais, um com extratos aquosos e outro com óleos essenciais da planta.A
revisão bibliográfica estabelece o conceito de alelopatia e destaca a cagaiteira por sua
riqueza em metabólitos secundários, como fenóis e taninos, que podem inibir o
desenvolvimento de outras plantas. O texto discute os mecanismos fisiológicos por trás
dessa inibição e a influência de fatores sazonais na produção desses compostos, embora
a pesquisa tenha revelado uma estabilidade de compostos na região de Sete Lagoas,
MG.No estudo com extratos aquosos, a pesquisa avaliou o efeito das folhas da cagaiteira
na germinação e no crescimento de quatro espécies: alface, rabanete, milheto e corda-de-
viola. Os resultados mostraram um efeito inibitório dose-dependente, onde as maiores
concentrações do extrato reduziram significativamente a germinação e o crescimento das
plântulas. Alface e rabanete foram as espécies mais sensíveis, enquanto milheto e corda-
de-viola demonstraram maior tolerância. Curiosamente, a época de coleta das folhas (seca
ou chuvosa) não teve impacto significativo nos resultados. O estudo com óleos essenciais
reforçou as descobertas, demonstrando que o óleo de cagaiteira também possui um forte
efeito inibitório na germinação, especialmente em sementes de alface. A diferença de
sensibilidade entre alface e milheto indica que o óleo atua como um bio-herbicida
seletivo, com potencial para uso em culturas específicas. Em suma, este trabalho conclui
que os extratos e o óleo essencial de Eugenia dysenterica são fontes promissoras de
bioinsumos com atividade alelopática. A exploração desses compostos pode contribuir
para o desenvolvimento de soluções agrícolas inovadoras e ecologicamente seguras,
valorizando a biodiversidade nativa do Brasil.

MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1756428 - LANAMAR DE ALMEIDA CARLOS
Externo ao Programa - 1527882 - CHRISTIANO VIEIRA PIRES
Externa à Instituição - MARINALVA WOODS PEDROSA - EPAMIG
Externo à Instituição - JÚNIO GONÇALVES DA SILVA - UFMG