Banca de DEFESA: Priscila Romaica Dias Gomes

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Priscila Romaica Dias Gomes
DATA : 12/11/2025
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/eie-hdqv-mmj
TÍTULO:

Representações sociais e racismo estrutural: uma análise da tensão entre negros e brancos na teledramaturgia contemporânea


PALAVRAS-CHAVES:

Racismo estrutural; Negritude; Teledramaturgia; Análise Crítica do Discurso; Representação midiática


PÁGINAS: 88
RESUMO:

A presente pesquisa discute as desigualdades raciais no Brasil a partir da análise da teledramaturgia como espaço de produção e circulação de sentidos sobre o sujeito negro. Apesar de a população negra representar a maioria demográfica do país, indicadores sociais revelam sua maior vulnerabilidade diante da pobreza, do desemprego e da violência, o que evidencia a permanência do racismo estrutural. Tais desigualdades são herança do processo de colonização e escravização, agravadas pela ausência de políticas reparatórias no pós-abolição. Somente a partir do final do século XX emergiram iniciativas institucionais, como a Lei 10.639/2003, o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010) e as políticas de cotas (Leis 12.711/2012 e 12.990/2014), que, embora significativas, ainda se mostram insuficientes. Nesse contexto, a pesquisa adota a Análise Crítica do Discurso (ACD) como referencial teórico-metodológico, entendendo a linguagem como prática social que estrutura e reproduz desigualdades. O corpus analítico compreende telenovelas exibidas entre 2000 e 2021 no horário nobre, como Laços de Família (2000–2001), Da Cor do Pecado (2004), A Força do Querer (2017) e O Outro Lado do Paraíso (2017–2018). O objetivo geral é investigar como as representações discursivas da população negra nessas narrativas televisivas contribuem para a naturalização ou contestação do racismo estrutural. A análise busca: (1) discutir os fundamentos históricos do racismo no Brasil; (2) examinar a inserção e a construção discursiva de personagens negros nas telenovelas; (3) identificar elementos linguísticos e semióticos que reforçam ou tensionam estereótipos; e (4) avaliar possíveis transformações nas representações ao longo do século XXI. Como hipótese, defende-se que a teledramaturgia, ao invisibilizar ou estigmatizar personagens negros, colabora para a manutenção de hierarquias raciais, mas também abre espaços de ressignificação por meio de representações positivas. Conclui-se que a representatividade negra nos meios de comunicação é central para ampliar a diversidade de vozes e experiências, além de redefinir parâmetros de reconhecimento e cidadania em uma sociedade marcada por profundas desigualdades raciais.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1544164 - CLAUDIO MARCIO DO CARMO
Interno - 986744 - ANTONIO LUIZ ASSUNCAO
Externo à Instituição - LEONARDO ANTONIO SOARES - UFMG
Notícia cadastrada em: 29/10/2025 15:50
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