Banca de DEFESA: LAURA ELISA NASCIMENTO VIEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LAURA ELISA NASCIMENTO VIEIRA
DATA : 04/09/2024
HORA: 13:30
LOCAL: meet.google.com/oau-gthe-qsn
TÍTULO:

O filho é da mãe – a naturalização da sobrecarga materna na parentalidade


PALAVRAS-CHAVES:

Representação. Mulher-mãe. Naturalização. Sobrecarga. Parentalidade.


PÁGINAS: 121
RESUMO:

Este trabalho tem como objeto a sobrecarga materna nas relações parentais. Temos o intuito de discutir de que forma é naturalizada uma assimetria na relação parental, levando a uma representação social da mãe como a principal responsável pela criação dos filhos, reforçada por uma divisão desigual de tarefas, o que além de colocar a mulher-mãe como uma figura central nessa relação, gera uma sobrecarga. Para tal, utilizaremos uma pesquisa qualitativa, realizada a partir da Análise Crítica do Discurso, sob a proposta da Teoria Social do Discurso (FAIRCLOUGH, 1992) aliada à metodologia Dialética-relacional, que prevê o apontamento de um erro social (cf. Fairclough, 2009). Diante da transdisciplinaridade do tema, associamos esta teoria aos estudos de gênero propostos por Badinter (1985), Del Priore (2004), Tiburi (2018), Iaconelli (2023) e Federici (2021). Para a análise, o recorte do corpus foi a Lei nº 14.457/2022, intitulada “Programa Emprega+Mulheres”, e as manchetes que repercutiram sua promulgação durante o período eleitoral. A lei em questão é endereçada às mulheres, no entanto, abarca medidas que envolvem a parentalidade, ou seja, o estranhamento reside no emprego do léxico parentalidade em uma iniciativa que se diz destinada às mulheres. Nosso interesse, portanto, está na movimentação deste léxico no discurso jurídico. Buscaremos entender, então, de que forma o discurso jurídico emprega parentalidade e como essa mobilização se relaciona à representação da figura sobrecarregada da mulher-mãe. Os resultados demonstram que a representação da mulher-mãe como sendo a principal responsável pelos cuidados com os filhos, marcada por uma sociedade hegemonicamente masculina, é construída e reafirmada nas práticas sociais, agindo por meio das práticas discursivas de forma a naturalizar a assimetria existente na relação parental, e, para além das questões do gênero, atravessamentos ideológicos ligados à lógica neoliberal foram identificados nesse processo levando a reflexões mais amplas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1544164 - CLAUDIO MARCIO DO CARMO
Interna - 1189100 - NATALIA ELVIRA SPERANDIO
Externa à Instituição - ZÁIRA BOMFANTE DOS SANTOS - UFES
Notícia cadastrada em: 29/08/2024 18:56
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